Empresa mineira lança primeiro tablet nacional
O modelo da fabricante mineira possui funcionalidades como GPS e rastreador
TONINHO ALMADA

A MXT investiu R$ 5 milhões no desenvolvimento do tablet
A mineira MXT Industrial iniciou, em janeiro, a montagem do primeiro tablet nacional. Para 2011, a empresa, que já fabrica equipamentos de alta tecnologia, espera comercializar de 150 mil a 200 mil unidades do novo produto no mercado interno e externo.
Para entrar na disputa em um segmento dominado por corporações multinacionais, a MXT pretende explorar um nicho ignorado pelos grandes fabricantes: o segmento corporativo na área de logística. O tablet da fabricante mineira possui funcionalidades como GPS e rastreador.
No complexo industrial da MXT e da Maxtrack Industrial, localizado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), são fabricados equipamentos de alta tecnologia, como comunicadores e GPS. As duas empresas são controladas pela MXT Holding .
A planta tem capacidade para produzir 150 mil componentes eletrônicos por hora. Os rastreadores de veículos são o carro-chefe, com mais de 160 mil equipamentos comercializados em 2010.
Segundo o diretor executivo da Maxtrack Industrial, Etiene Guerra, foram investidos mais de R$ 5 milhões no desenvolvimento do tablet, que demandou um ano e meio de pesquisa e testes. "Antes contávamos com uma equipe de 25 engenheiro. Tivemos que dobrar esse número", relata. Ao todo, a empresa emprega cerca de 180 pessoas.
Nos últimos três anos a fabricante cresceu, em média, 60% ao ano, e, agora, aposta na produção do primeiro tablet nacional para elevar as vendas. Sem revelar os valores, Etiene Guerra afirma que a empresa espera um incremento de 70% no faturamento em 2011 por causa do novo produto.
Nos últimos três anos a fabricante cresceu, em média, 60% ao ano, e, agora, aposta na produção do primeiro tablet nacional para elevar as vendas. Sem revelar os valores, Etiene Guerra afirma que a empresa espera um incremento de 70% no faturamento em 2011 por causa do novo produto.
Apesar do equipamento ser um projeto nacional e ter sua fabricação no país, todos os componentes eletrônicos têm que ser importados, já que o país não tem oferta desse tipo de matéria-prima. Das importações, 90% são originadas da Ásia.
Voltado para o mercado corporativo,o tablet conta com o sistema operacional Android, do Google, interfaces de comunicação Ethernet, Wifi, Bluetooth, Modem 3G, transceptor 2.4 Ghz (Zigbee) e GPS de alta sensibilidade. Possui ainda saída de áudio e entrada de microfone, câmeras frontal e traseira, receptor de TV digital e entradas USB's.
Segundo Etiene Guerra, a conjuntura é favorável. Com a queda do dólar, a matéria-prima ficou mais barata e permite uma maior competitividade. "Nossos produtos estão competitivos até no mercado internacional. Esperamos passar de 9% para 15% o volume de produção exportada", diz Etiene Guerra. Em 2010, a produção no setor de alta tecnologia no país cresceu 4,5%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário